quarta-feira, 15 de julho de 2015

Cidades de Papel, o filme


Ontem já acordei ansiosa, na expectativa do que me esperava na sala de cinema às sete da noite. E é com muita empolgação que posso dizer que cada minuto esperado até que as luzes fossem apagadas e o silêncio instaurado, valeu a pena. Cidades de Papel, a mais recente adaptação da obra de John Green, estrelado por Nat Wolff e Cara Delevingne, é incrível.
Como em qualquer adaptação ocorrem mudanças, pode-se dizer que as de Cidades de Papel foram surpreendentes. O John estava certo: o filme é melhor do que o livro, disse ele em entrevista no Brasil. Dentre as mudanças mais significativas, há a maior participação de Ângela, a namorada de Radar, da qual senti falta no livro; e o romance entre eles teve maior destaque. Além disso, o final da história teve alguns acontecimentos acrescentados que me agradaram muito. Não esteve mais tão focado em Margo, mas sim na ideia de amizade que o autor queria passar desde o início.
Houve apenas uma cena que eu preferia que tivesse sido como no livro. Quando Q e companhia estão na estrada e quase atropelam uma vaca (isso não é spoiler para ninguém, pois está no trailer), senti falta da reação de desespero do Quentin e do seu agradecimento emocionado ao Ben. Pareceu até que Q se lembrou de Margo dizendo que ele era mais fofo quando estava seguro de si. Já o agradecimento acabou sendo de Lacey e, para mim, soou um tanto forçado e desconexo de tão indiscreto.
No jornal Estadão, a manchete: ‘Cidades de Papel’ é melhor que ‘A Culpa é das Estrelas’. Acho difícil comparar. O estilo de história, a situação dos personagens e as mensagens são muito diferentes. A Culpa é das Estrelas é puro drama e romance, enquanto Cidades de Papel é uma mistura de mistério, comédia e quase nada de romance. Mas, pessoalmente, também me apeguei mais a esse último, acredito que pela leveza dos personagens e de como é possível se identificar com eles mais facilmente.

Antes de finalizar, não posso deixar de comentar a surpresinha de elenco no meio do filme. Para os que ainda não assistiram, fiquem na curiosidade, pois não quero tirar a emoção de ninguém. Mas, bem, a partir de agora sempre vou esperar por algo inusitado nos filmes do John Green.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Uma pausa para falar do tudo e do nada...

Férias. Uma palavra praticamente sagrada para muitas pessoas. Esse período se iniciou no dia 12 de dezembro para mim, mas só começou a valer a pena no dia 23, quado sai de minha casa para ir para o litoral.
Foram cerca de 540km percorridos para chegar à casa de minha avó, onde eu fiquei por praticamente um mês. O engraçado é que nem mesmo mudando o ambiente minha cabeça relaxou: Ideias, histórias, músicas, pessoas... Tudo isso ficou dançando em minha cabeça o tempo todo. Enquanto estava na estrada, com meus fones de ouvindo transmitindo músicas de meus artistas favoritos para minha cabeça, eu observava a estrada e imaginava possíveis clipes para as músicas, ou então elas encaixadas nos filmes de histórias que eu mesma criei.
Acho que esse é o problema do escritor: a mente não relaxa. Ficamos o tempo todo imaginando histórias e mais histórias, criando a personalidade de personagens e os interligando. Quando uma ideia surge quero logo transformá-la em história, mas ela muda e às vezes se perde se demoro muito.
Lá em Jacaraípe, cidade onde passei minhas férias, eu tentei escrever no meu blog pessoal, mas meu netbook decidiu dar problema. Sendo assim as histórias começaram a se acumular e eu achei que ficaria louca. A agitação tomou conta de mim e eu me sentia elétrica. Até janeiro eu não teria com quem dividir minha angústia literária, então aos poucos enlouqueci calada.
Quando a Fabi finalmente aterrissou no Espírito Santo, eu pude finalmente dividir com alguém minhas histórias, meus sonhos de escritora e, também, um pouco do meu lado fã (Prima, me desculpa pelos vídeos da banda, eu realmente estava um tanto quanto exaltada). Me lembro de ficar rindo até de madrugada (sem comentários sobre as risadas), de contar sobre o pessoal do colégio, falar sobre livros e filmes e música e estilo... Ufa!
Nós fizemos tudo que pudemos no pouco tempo que tivemos juntas, mas isso me ajudou a relaxar. Até escrevemos uma postagem juntas em meu blog e compartilhamos dicas de livros.
E ai está uma dica para esvaziar a mente e relaxar: arrume alguém que divida os mesmos interesses que você e falem sobre isso. É sempre bom quando encontramos alguém com quem dividir as coisas.
Não sei ao certo sobre o que eu queria falar neste post, mas acho que falei tudo. Obrigada Fabi, por ter tornado minhas férias melhores!

P.S.: Me desculpem a falta de imagens. Estão todas em meu celular ou na câmera digital :/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Fui ao espaço

Vista aérea do Rio de Janeiro à noite. Foto: Fabiane Almeida

A primeira visão que tive foi do vapor frio e branco do ar condicionado serpenteando até o teto. Parecia cenário de uma boa história de terror. Procurei pela minha poltrona e sentei-me junto à pequena janela. Estava bem adiantada, logo havia tempo suficiente para me despedir mentalmente da cidade e relembrar dos momentos que tive. Foram muitos e foram bons.
Do lado de fora, as luzes azuis iluminavam a pista. Mais à frente a bandeira do Brasil dançava com o vento no topo do mastro. Abaixo dela um homem acenava com dois bastões de neon vermelhos, sinalizando para os pilotos do avião que finalizavam o pouso ao lado. Conferir as bagagens de mão, apertar os cintos, ficar atenta aos avisos do piloto e da aeromoça que ensinava os truques de segurança à tripulação. Informações com as quais aos poucos eu me acostumava, os filmes já haviam me ensinado muito sobre elas. Imaginei como seria uma boa história de ação, suspense ou terror nas alturas. Tentei bolar algo, mas somente ideias clichês me vinham à cabeça. Aquele talvez não fosse meu estilo.
A decolagem estava autorizada, as leis da física me obrigaram a ir de encontro ao encosto da poltrona e a sensação de adrenalina que me preenchera no Barco Viking que eu visitara dias atrás fazia-se presente, mas não fora nada aterrorizante. Não perdi um minuto sequer daquele momento.
A alguns quilômetros do chão, a cidade lá embaixo se apresentava pequenina. Era maravilhoso. De repente senti-me no espaço, vendo a Terra lá de cima com suas muitas luzes que mais pareciam constelações. O mar negro era salpicado pelas luzes dos barcos e navios que eu avistava no horizonte da praia, naquele encontro perfeito no dégradé entre o céu e o mar, e que tentava contar em vão. E o fato de a Terra ser esférica, tanto observado através do mar quanto dos ares, fazia naquele momento tanto sentido.
Na minha mente as palavras transavam formando frases e parágrafos de muita paixão, prazer e aventura. Eram novas sensações sendo descobertas, uma nova maneira de ver o mundo. Contraditoriamente, me senti grande, enorme. Pensei nos astronautas vagando pelo universo e me senti um deles. Aquela sensação de história de terror do início já não existia mais, apesar do momento de turbulência, do mar de nuvens em que o avião mergulhava e dos relâmpagos que acendiam em minha janela momentos mais tarde.
Cheguei ao Rio com muito o que contar e aqueles poucos minutos de aventura, adrenalina e admiração estavam inclusos em minhas histórias.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

De uma comunidade de São Paulo para o mundo de Stanford

Foto do G1

Gustavo Torres da Silva, 17 anos, o mais novo exemplo de que os sonhos podem sim se realizar, por mais inatingíveis que possam parecer. Morador de Capão Redondo, um bairro pobre de São Paulo, ele não deixou se abalar pelas limitações da vida de um típico brasileiro e apostou na educação como um meio de atingir o que deseja. Cursou o Ensino Fundamental em escola pública e o Ensino Médio em escola particular, mas a escolha da última em nada justifica o futuro promissor que o aguarda, mas sim a dedicação do garoto em correr atrás de estudar para conseguir enfim uma bolsa de estudos na tão estimada Stanford, na Califórnia. Porque não basta frequentar uma boa escola se não for um bom aluno. Desde já dou-lhe, então, meus parabéns.
Mas não é apenas pelo exemplo de superação e o rompimento de barreiras sociais que dedico um espaço no meu blog a ele. É claro que, tendo em vista as dificuldades que os brasileiros hoje encontram para se realizar profissionalmente, com os sistemas falhos de educação e de tantas outras coisas, ganhar uma bolsa no exterior já é algo que muito se deve comemorar. Mas encontrei nesse jovem (e é até estranho chamá-lo de jovem porque sou mais nova que ele, mas ele é jovem, oras) algo que admiro muito mais. Em entrevista ao Jornal Hoje no início desta tarde, ele demonstrou possuir um valor que muito admiro.
“Eu acho que o que você está fazendo e aprendendo só faz sentido se você consegue ajudar outras pessoas com aquilo. […] Acho que lá fora é muito bom pra você aprender, e é o que eu estou buscando lá fora, mas a diferença tem que ser feita aqui. Foi aqui que eu cresci, que eu aprendi o que aprendi, e é aqui que eu quero fazer a diferença!” – dissera ele.
E ele já começou a fazer sua parte para mudar o mundo. Ao lado de um amigo, Gustavo criou um projeto chamado Descobrindo o Sonho Jovem (DSJ), para ajudar os jovens de seu bairro a descobrir não só seus sonhos, mas também o caminho para realizá-los. Despeço-me então, enfatizando minha admiração e deixo abaixo um vídeo de apresentação do Projeto DSJ e seus contatos.

Um beijão e até o próximo post.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

DIY de Natal

Olá Urbanos! 
O mês do Natal chegou e é hora de decorar sua casa para essa data. Infelizmente, as decorações de Natal entraram em um padrão, e nada que é repetitivo me agrada. Pensei, então, que um desvio de padrão faria bem! Minha mãe não me liberou para mudar minha decoração, mas vocês podem tentar estas ideias em casa: 

1-Árvore de Natal decorada com temas geeks:

2-Lareira fake:

Tirei os dois vídeos do canal da Maddu Magalhães (uma YouTuber que eu acompanho há um tempo). Não parece ser muito difícil e as ideias são muito legais. 
Espero que tenham gostado e até a próxima, Urbanos!